segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

carnaval.

meu primo, ex-vereador de uma cidadezinha aqui, aonde o vento faz a curva, foi assassinado ontem à noite, executado no meio de um bar. é a típica morte do brasileiro, mais comum que câncer, acidente de trânsito ou velhice. mas eu não estou "triste". não convivi com ele e nem me recordo dele, se é que o conheci. apenas reconheci as sobrancelhas da minha família no plantão de polícia. neste mesmo carnaval, uma garota recém aprovada na ufal caiu de uma "tirosela" de responsabilidade de um gaúcho pilantra e morreu em desgraça. uma barraca destas que vendem comes e bebes na praia incendiou-se e nada sobrou. lula, meu amigo, quase foi assaltado numa rua fechada com troncos por bandidos. toda essa dor e apreensão remete ao carnaval de 2004, quando morreu o meu amigo "maranhão", num acidente ocasionado por um playboy retardado. isso me marcou, uma mistura de duas ou mais coisas ridículas que povoam a alma do nosso "povo". a falta de educação, a irresponsabilidade, a covardia, o carnaval. é um espetáculod e cadáveres entrando e saindo do rabecão por todo o país. um espetáculo de vidas interrompidas. numa análise imediatista, sem pensar em impunidade, em educação, em vingança.. é uma dor muito grande que alguns muitos desgraçados sentem.. enquanto todo o resto está preocupado em pular, dançar e meter. carnaval só era legal quando eu era criança. hoje em dia é só mais um aborrecimento, só mais um motivo pra esquecer do brasil.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

situações imbecis de trabalho.

pela segunda vez, ao assinar o protocolo com uma caneta da minha sala, "devolvo" ela ao office boy, que responde "não, essa é sua."

e pela primeira vez, atendo a uma empresa interessada em se cadastrar, depois do alô:

- é da casal?
- sim.
- com quem eu falo?
- pablo.
- você é daí?
- sim eu sou estagiário.
- você pode me dar o SEU endereço?
- AHAHA, PRA QUE?
- pra cadastro.
- mas você não pode mandar pra aqui? (o cara burro demais)
- sim, me dê o seu endereço...

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

bobo alegre.

podem me chamar de otário, por que eu sou, mas fiquei tocado com a honestidade do cabo na audiência do DETRAN. por um lado, ele podia ter me matado no primeiro dia do ano, no auge da minha satisfação com o viver (haehaehae, que pesada essa frase pra alguém que já resmungou tanto). por outro ele assumiu perante o procurador que tinha batido por falta de atenção. o perito marcou que eu estava sonolento no misterioso laudo, enfim, foi uma raridade, uma composição JUSTA da lide. meu pai, que é tão otário quanto eu, foi claro. "só cobro do estado. se o estado for regressar contra o senhor.. não cobro." eu não contestei. o "se" não existe.. a verdade é que eu não morri, graças a mim mesmo.. e por que não a "deus", o que quer que ele for.. algo mais que eu, a minha prudência ou o amor que algumas pessoinhas tem por mim. e o bigodudo cabo, cujo nome nem lembro, assumiu seu erro e assumiu o que todos sabemos, que não podia pagar. sei lá se ele tinha família, mas o salário miserável que esses caras ganham pra arriscar o pescoço não compensa dizer a verdade. o cabo podia ter se ferrado, passado uma década de apreensão com a justiça. mas não, ainda bem que eu e o meu pai, com o apoio do advogado que nos acompanhou, fomos unânimes em premiar a honestidade, tão rara na polícia, tão rara na miséria, tão rara em ALAGOAS, tão rara no mundo!

meu brother samir, que trabalha lá no 12º juizado especial, que serve pra conciliar essas coisas, acompanhou os bastidores do meu caso e depois foi constrangido numa audiência que me impressionou. ele relatou depois a mim que foi a pior da sua vida. nela, um homem e uma mulher, bem apessoados, cobravam ávidamente uma pobre velha. digo pobre por que o filho morreu justo no acidente e o único motivo dela estar ali era por que o carro estava em seu nome. como o filho entrou na contra-mão, ela que deve ao pessoal. samir falou que ela tremia e tomava remédios aleatoriamente, tirados da bolsa, enquanto chorava sem parar.

dá pra acreditar? tudo podia ser tão fácil...

momentos flashbacks:

leonardo: você tá parecendo aquele quadro do picasso, tá ligado?
eu: qual?
leonardo: aquele que o cara é deformado.

ocasião - festa de formatura do tatá.

meu pai: no sertão tem bode que sobe até em árvore!

ocasião - volta do aeroporto com o enzo e murilo.

domingo, 21 de janeiro de 2007

o mês dos problemas ou o velho pablo de volta?

depois de um dia na barra eu cheguei a uma conclusão triste: não dá. não é o meu lugar, eu não pertenço àquele paraíso de música brega e bundas-de-fora. por mais que eu ame a minha namorada, não consigo mais me divertir lá. e meus fins de semana, minhas férias, meu "carnaval" são pra minha diversão, não pra cumprir com obrigação de estar lá. lá eu sou o otário, o bestão que não tá enxendo a cara, nem rebolando, que quer ficar só em casa. mas é claro: eu só bebo na companhia de quem eu quero, eu acho axé, pagode e forró música de imbecil e eu não sei dançar. como é que vou sair pra enxer meu ouvido com essas merdas, PAGANDO AINDA?? meus amigos eu não encontro nesse tipo de lugar. e como agravante, eu sempre tenho que ir ali e acolá levando e trazendo o pessoal. nem rola, quero me satisfazer, me divertir, não sou jesus. no carnaval eu só vou lá quando meus amigos tiverem por lá, de outro modo nem rola. a raisilda reclama um monte que não tá fazendo nada, que não tem amigos, etc... ela tá com a família e agregados FOLIANDO direto, trocando telefone com engo que nem conheço e tudo mais. fora que todas as outras beffa vem pra maceió, menos ela, ela só vem durante a semana, já que nos fins de semana tem shows de axé escrotos programadíssimos. infelizmente ela vai ter que escolher: OU O AXÉ ou EU. :)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

"a vida como ela é" (ahaha)

o stress de janeiro não passa, mas já cansei de me lamentar, eis aqui um relato da vida pública:

de dois dias pra cá, uma garota de físico tipo pornstar entrou na nossa academia. meses atrás um maluco, que tem pentelhos espalhados pelos ombros, costas e pescoço, dos mais alugões que a academia já viu, freqüenta a o2. eis que se encontraram. eu estava indo pegar uma barra pra malhar trapézio ali por perto e ouvi o marmanjão dando pitacos no exercício da moça, nem ouvi o que ela falou. e, vejam que engraçado, ele perguntou se ela tinha orkut e msn, pedindo pra adcionar! algo que já foi prática de nerdão. quando a isso ela disse o nome e tal. o marmanjo soltou as seguintes palravas:

"então pode adcionar, meu nome é (blablabla).. agora o país.. é SUÍÇA. por que eu voltei da suíça.. tem o que? 3 anos... "

depois que a conversa com a guria morreu, ele se voltou pra os "brothers" que só riem com ele:

"MEU IRMÃO (em voz super-alta) ONTEM EU FUI NA IMPORTADORA VÊ AS PEÇAS DO MEUC ARRO, CADA PEÇA DA PORRA, DESSE TAMANHO, DIGAÍ.. "

haehae, conclusões à parte, é um espetáculo ver como as pessoas mais metidas a espertas são ingênuas, sem a menor idéia de que ferem o senso do ridículo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

o mundo é sarcástico, né?

hoje fui à ufal apenasmente pra entregar um trabalho ao betão, atrasado. chegando lá o encontrei logo na porta do bloco, conversando com duas colegas de sala. entreguei e perguntei se podia assinar alguma lista ou mesmo ele me escrever algo manuscrito atestando que eu entreguei. ele disse que não, que lembraria de mim e que "as meninas estão aí de testemunha, qualquer coisa você leva elas no cartório.. ". mas correu tudo bem. agora me atormenta a audiência de segunda-feira. puta que pariu, já pensou se resolvem por a culpa em mim? vai ser foda.

domingo, 14 de janeiro de 2007

será que tudo no mês de janeiro tem que ser tenso?

dia de DERBY. dia também de show do ASA DE ÁGUIA pra RAFAMÉIA OBTUSA, haehae. sim, minha namorada foi pra essa merda. eu fui pro REI PELÉ, ver o CRÁSSICO DAS MULTIDÕES. muito bom, muito bom. dois cartões vermelhos pra cada lado, mundiça jogando penalte por cima do gol, regatas virando. foda que voou cerveja pra todo lado. paga 15 reais pra tomar banho de cerveja é foda. como sempre o pau comeu por todos os lados, mas eu, meus primos e meu tio, demos um tempo e não encontramos problemas pra sair. na volta pra casa eles tiveram problemas com ônibus sendo atacados e pedras pra todo lado. meu único problema foi a minha namorada, que me deixou numa situação de corno, sem notícias a respeito do seu paradeiro. só agora, 10 pra meia-noite a júlia, prima dela, me liga pra falar que ela passou mal, vomitou e já tá dormindo. isso sempre acontece. falando no que sempre acontece, amanhã tem prova do francisco wildo. será que tiro uns 6? ainda falta muito pra chegar na FINAL. alexandre, o mago da enrolação, diz que devo seguir o lema de "IN GOD WE TRUST". eu estudei e vou seguir o lema "quem não cola não sai da escola" se assim me for permitido. AGUANTE PABLOOO.